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Concurso Ideias Inovadoras 2011

Motivação e maturidade são ativos muito sutis, difíceis de mensurar e controlar, mas de fundamental importância para uma startup. Notamos que o #crossjoin do início de março é mais maduro e motivado que o #crossjoin do fim de fevereiro. Se não nos é possível extrair a essência do que aconteceu nesse período em forma de conhecimento estruturado, esperamos que o resgate cronológico dos eventos mais relevantes, sirvam, não como uma receita de bolo, mas como uma trilha inspiradora para quem busca energia para tocar suas ideias. Então isso é o que faremos por mais alguns posts, começando… agora!

O último concurso de que participamos no ano passado foi o Ideias Inovadoras 2011, promovido pela Fapesb, órgão de fomento à pesquisa do estado da Bahia. A ideia que levamos foi o Vitrine Inversa, serviço que estamos desenvolvendo e do qual falamos pela primeira vez neste post. Tínhamos boas expectativas, pois chegamos até a final tendo feito duas coisas muito importantes:

  • Concluído e apresentado nosso protótipo funcional, provando que tínhamos uma equipe capaz de tocar tecnicamente o projeto;
  • Treinado bastante e apresentado um bom pitch para os jurados, mostrando o que o Vitrine possui de inovador, o problema real que ele resolve e que há mercado para o serviço.

Então, no dia 01 de fevereiro, enfim aconteceu a cerimônia de premiação. E para nossa felicidade, ficamos com o terceiro lugar! Se liga na nossa cara de feliz:

(Dizem as más línguas que a alegria não era pela prêmio, nem pelo feedback positivo que ele representa, mas pelo checão estilo Faustão. *_*)

 Para nós, o resultado representou algumas vitórias:

  • Coroou o ano de 2011 em que participamos de pelo menos 5 concursos;
  • Ganhamos com uma inovação que no momento é apenas de mercado em um evento que costuma premiar inovações tecnológicas;
  • Ganhamos com um software em um evento que costuma premiar áreas com produtos mais palpáveis, como as engenharias;
  • Ganhamos concorrendo também com equipes de pós-graduação, com orientadores, enquanto somos graduandos e estávamos “por nossa conta”.

Além de tudo, a grana vai suprir algumas necessidades urgentes, como a compra de um computador e o pagamento dos custos de abertura da empresa, o que deve acontecer em breve. Tudo isso é insumo pra motivação, que permite que mais coisas sejam feitas e novos resultados cheguem, dando início a um ciclo positivo.

“Então concursos são bacanas pois podem elevar o moral da equipe, é isso?” Também. Mas na verdade o grande aprendizado é outro. O que foi mais difícil de enxergar é que concursos também podem ser desperdício, sendo importante selecionar muito bem de quais devemos participar. É preciso procurar casamentos promissores entre o estágio de maturidade da equipe e do projeto, por um lado, e das exigências médias do concurso, por outro. Olhar as edições passadas, analisar os vencedores, entender o que a outra parte está buscando e avaliar as chances. Os benefícios, dadas as chances de obtê-los, valem os recursos que estão sendo deslocados de outras atividades? Aprender a dizer “não” é um exercício difícil, e conseguir pode ser um sinal de maturidade.

Olhando para trás, vejo que em 2011 participamos de diversos concursos em que não havia praticamente nenhuma chance de ganharmos. E nesses casos deveríamos ter investido o nosso precioso tempo em formas mais eficientes de evoluir nosso projeto, como ter feito customer development de verdade, e construído um protótipo baseado em hipóteses validadas com clientes, e não apenas em nossas ideias.

Escolha bem onde gastar suas energias e evite desperdício.

Ok, sendo menos rígido conosco, na época sabíamos muito pouco sobre o que fazer enquanto startup, então alguns desses concursos serviram para guiar as nossas atividades. Mas se eu estou escrevendo isso, é justamente para evitar que outras pessoas cometam os mesmos erros que o #crossjoin. Então, procure se informar sobre como uma startup costuma desenvolver seus negócios e tome cuidado para não entrar numa enxurrada de concursos seguidos e deixar a correnteza te tirar do curso. Aliás, de modo quase poético, isso contradiz parte das coisas ditas nesse outro post que fiz (inclusive o título). Estudo de caso “ao vivo” é assim mesmo.

Para quem está com um projeto em suas etapas iniciais e está na Bahia, recomendamos o Ideias Inovadoras. Veja aqui a lista dos premiados desse ano.

E aproveitem que demos uma guaribada no blog e adicionamos diversas opções de compartilhamento aí embaixo e mandem o Startupolitanos para a rede através de seu serviço favorito.

Não deixem também de acessar o http://vitrineinversa.com e conhecer o serviço que ganhou esse prêmio, que agora já está oficialmente no ar! Até mais.

Investindo em inovações

Talvez já tenhamos dito isso antes: todos os integrantes de nossa startup estão no final da faculdade. Atualmente, quatro de nós estamos cursando a primeira de duas matérias que servem para a elaboração do trabalho de conclusão de curso, ou monografia, como também é chamado, no Bacharelado em Sistemas de Informação. A necessidade de concluir estas matérias para terminarmos o curso, somada ao desenvolvimento de nosso produto, o Vitrine Inversa, nos levou a concentrar os esforços que empenhamos nestas duas frentes em um ponto só.

Nós decidimos que os temas de nossas monografias teriam relação com o desenvolvimento de partes importantes do produto, que com algum diferencial tecnológico embutido poderia agregar valor ao Vitrine Inversa. Os quatro integrantes que estão participando dessa empreitada somos Bruno, Felipe, Juliana e Raul (este que escreve seu primeiro post no blog!).

Definimos as áreas e nos dividimos da seguinte forma:

  • Bruno: recomendação de desejos a partir dos perfis de usuário;
  • Felipe: cadastro e busca de itens;
  • Juliana: usabilidade, com foco nos cadastros;
  • Raul: credibilidade de venda e compra dos usuários.

Nós estamos trabalhando nesses projetos de conclusão do curso com o mesmo espírito de equipe que tocamos o Vitrine: cada um ajudando no desenvolvimento do trabalho dos outros, ajudando a delimitar o tema, a revisar o que é escrito… Inclusive nos reunindo para mutirões sempre que podemos.

Outra coisa legal é que ao terminarmos os projetos dos TCCs, daqui a aproximadamente 9 meses, se tudo der certo, estaremos na fase de validação do produto, segundo o Startup Genome Report. Este é o segundo estágio das startups e nele são feitos os primeiros refinamentos nas principais features do produto. Mais detalhes em http://startupgenome.cc/

Este foi meu primeiro post no blog e a partir de agora espero contribuir com outros posts sobre nossa história pra vocês!