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Primeira etapa do Desafio Brasil em números

Saiu no próprio dia 08, no Startupi: http://startups.ig.com.br/2012/desafio-brasil-divulga-108-startups-que-passam-para-as-eliminatorias/

Copio aqui a maior parte, falando as estatísticas do Desafio:

Em sua 7ª edição, o Desafio recebeu 564 inscrições de Startups. Desse total, 364 sumários executivos foram aprovados na análise preliminar de submissão, que verificou a adequação dos documentos aos pré-requisitos estabelecidos pela competição.

Das 364 startups avaliadas no First Screening, 108 foram aprovadas para a próxima etapa do Desafio Brasil, as Mentoring Sessions. Durante este período, as startups receberão mentoria para desenvolvimento de seu Pitch e Plano de Negócio. Os participantes também estão classificados para as Finais Estaduais/Regionais, que ocorrerão em 12 Estados do Brasil.

A expansão do Programa apresentou significativo resultado. O Desafio Brasil passou a atingir a região Nordeste por completo e realiza pela primeira vez uma etapa no Norte, contabilizando um crescimento de 135% no número de inscritos com relação a 2011.

Houve uma quantidade substancial de sumários executivos submetidos oriundos das regiões Sudeste e Sul do país. O Nordeste ficou em 3º lugar como região com maior número de inscritos, seguido de Centro-Oeste e Norte.

Região x Nº de Startups aprovadas

  • Sudeste: 42
  • Sul: 32
  • Nordeste: 20
  • Centro-Oeste: 8
  • Norte: 6

Agora vamos partir pro plano de negócios e pro pitch! Aguardem as cenas dos próximos capítulos. (;

Aprovados no First Screening do Desafio Brasil 2012!!

Essa notícia sem dúvida merece uma postagem maior.

Mas não quero deixar de dá-a enquanto está fresca: http://desafiobr.com.br/site/aprovados-no-first-screening/
Confere aí o primeiro nome da lista. =) =)

Essa é a primeira etapa, há muita coisa, muito trabalho, muita evolução pela frente.

Mas que já é bem legal, é!

Gracias a todas e todos que nos acompanham!

Da difícil facilidade

O Mário Quintana, meu conterrâneo, tem um poeminha, do qual emprestei o título deste post, que diz que é preciso reescrever um poema várias vezes para que dê a impressão de que foi escrito pela primeira vez. Não sei bem porque senti vontade de começar falando sobre isso, mas acho que é porque… é difícil fazer as coisas darem certo. E exige esforço.

Quem chega lá na ponta e vê as coisas prontas, ou no estágio em que estiverem, tem uma noção pontual, não tem muito como saber dos caminhos percorridos para chegar até aquele ponto. Com o Startupolitanos nós do #crossjoin, entre outras coisas, quisemos dar mais essa visão do processo. E às vezes as coisas saem tão do rumo ou ritmo esperados que até postar aqui fica complicado. Porque somos humanos, demasiado humanos, e limitados.

Às vezes não é o tempo quem escapa, mas o ânimo – nossos famosos altos e baixos – e de repente você se pega doente, com dificuldade de cumprir as mínimas tarefas e acordando com cara de quem virou noite e foi atropelado no fim. Meus últimos dias foram um exemplo disso. Mas nesse fim de semana teve mais um 32 horas prolongado (por conta do feriado de 2 de julho) e ontem, como estava me sentindo melhor, fui pra casa de Bruno e encontrei o pessoal.

Estavam todos envolvidos em suas tarefas – front e back end trabalhando pra conseguir fechar as páginas de desejo único e a redecoração da Vitrine; negoci-end estruturando as ideias pro Desafio Brasil. E foi muito bom revê-los, ligar meu note, abrir o docs e começar a trabalhar com Bruno; ir no quarto ver os resultados que Caio ou Beto tinham para mostrar; abrir o Vitrine pra repensar os textos do Cadastro de Desejo. E também parar, ir todo mundo pra cozinha, almoçar junto, rirmos deste ou daquele comentário.

Em suma, foi muito bom estar imersa em nossa atmosfera de trabalho e nos sentir caminhando. Mesmo que a estrada seja longa e tenhamos muito de suar e aprender, mesmo que haja muito o que fazer para o Vitrine Inversa ser como nós (os que o criamos, os que o usamos) imaginamos, do jeito que conseguimos estamos persistindo e sonhando com as mãos, que é o jeito mais proveitoso de sonhar.

(…)

Pra resumir esse post filosófico e parecido com o anterior, notícias curtas de nossos passos:

  • Vamos participar do Desafio Brasil, competição de Startups realizada pelo Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital da Fundação Getulio Vargas;
  • Nos próximos dias rola novidade no Vitrine Inversa;
  • Decidimos usar o processo do Lean Stack, proposto por Ash Maurya, para conseguir acompanhar e aplicar melhor a metodologia Lean;
  • eu fiquei doente (e melhorei). E o Beto também.

Ah, e não percam:

Em agosto (17-19) rola a 1ª edição do Startup Weekend Salvador. Esse é um evento muito bom pra quem tem vontade de começar a desenvolver um negócio (especialmente de tecnologia) e quer ter um intensivão de como são as coisas. Recomendo, para quem está começando (e pode dispor do valor da inscrição).

É isso! Valeu por nos acompanharem e desculpem o tempo grande sem atualizações. Tentaremos ser mais frequentes.

De viagens, pontes e conquistas.

Na última semana, Bruno, Caio e eu fomos para Juazeiro participar da XII ERBASE (Escola Regional de Computação – Bahia, Alagoas e Sergipe). Desde o ano passado, o evento conta com um concurso de ideias inovadoras, o Inova-Base. Fomos apresentar o Vitrine lá.

A ponte Juazeiro-Petrolina e o Velho Chico.

Ficamos felizes com a abertura que sentimos para aspectos sobre inovação, no evento. É que, como bem falou o Prof. Edson Watanabe (COPPE/ UFRJ) na palestra de abertura (Os quatro quadrantes do conhecimento: como ser um inovador?), inovação implica em adoção pela sociedade e/ ou inserção no mercado. E isso, como também bem explicou o Prof. Alejandro C. Frery (da UFAL), na palestra Pesquisa Científica na Inovação Tecnológica em Computação, não costuma ser bem aceito na academia. Pesquisadores e cientistas geralmente têm receio do mercado, ou estão por outras razões muito afastados da sociedade, em suas pesquisas. E essa falta de aplicação do que é feito na academia faz com que muitas coisas que poderiam virar contribuições reais muitas vezes não saiam do papel. Aí não há inovação certa.

Então, assistir palestras como estas citadas, que falavam justamente disso, e davam exemplos excelentes de trabalho conjunto e benéfico entre empresa e ciência (como o Bell Labs, com todas as suas contribuições, citado por Frery), foi bom e inspirador para nós. Outro exemplo do espaço dado foi o convite para Benedito Alberto Macedo, do C.E.S.A.R. para a abertura do Inova-Base, para falar sobre Inovação e Empreendedorismo: tendências e oportunidades atuais. O C.E.S.A.R. é um dos grandes pólos que temos aqui no Nordeste, altamente inspirador e captador de recursos, e trabalha em parceria com várias universidades. Ou seja, ele também é uma amostra de como a ponte entre a academia e as empresas pode gerar bons frutos e muitos cases de inovação.

E como fica o Vitrine no meio disso tudo? Bueno, como já falamos em outro post, queremos fazer esta dinâmica também. Queremos aliar as pesquisas que teremos de fazer para nossos TCCs (que, infelizmente, estão sofrendo um bocado para sair no meio desta empreitada maior) para agregar diferencial tecnológico ao site, em áreas como Segurança, Data Mining e Usabilidade, por exemplo. Então, acreditamos que essa ponte é possível, e ficamos de olhos brilhando com o caso dos laboratórios Bell.

Ah, mas você quer saber como fica o Vitrine Inversa no Inova-Base?!? Bom, nós apresentamos – quer dizer, Bruno apresentou, Caio e eu ficamos dando apoio moral e engolindo o nervosismo, da plateia – que, por sinal, deu um ótimo retorno. Fomos bastante aplaudidos; ganhamos o ponto que a organização decidiu dar para a ideia que mais agradasse o público presente; recebemos muitas parabenizações; e algumas pessoas foram na hora visitar o site. o/ O resultado? Nós ganhamos! *-* Foi muito bom, porque sentimos, agora de uma forma mais gostosa, o que percebemos na maioria dos concursos de que participamos no ano passado: não basta ter uma ideia boa (afinal, isto as outras também eram – parabéns ao pessoal que apresentou lá também!!), é preciso executar, materializar, conhecer o mercado em que você quer se inserir. E, neste sentido, ainda que saibamos que temos muito a evoluir e melhorar, estávamos mais maduros que os outros projetos apresentados.

Por hoje é só, pessoal. Ainda esta semana postaremos algo sobre as mudanças em nossa landing page, ou a última parte do post sobre a Campus Party, ainda não tenho certeza. Aliás, se você tem alguma preferência, por favor, seja bem vind@ aos nossos comentários.

E, como sempre: muchas gracias por fazer com que o Vitrine e este blog tenham sentido! Sem leitores e leitoras, nenhum dos dois teria razão de ser…

Em tempo:

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Concurso Ideias Inovadoras 2011

Motivação e maturidade são ativos muito sutis, difíceis de mensurar e controlar, mas de fundamental importância para uma startup. Notamos que o #crossjoin do início de março é mais maduro e motivado que o #crossjoin do fim de fevereiro. Se não nos é possível extrair a essência do que aconteceu nesse período em forma de conhecimento estruturado, esperamos que o resgate cronológico dos eventos mais relevantes, sirvam, não como uma receita de bolo, mas como uma trilha inspiradora para quem busca energia para tocar suas ideias. Então isso é o que faremos por mais alguns posts, começando… agora!

O último concurso de que participamos no ano passado foi o Ideias Inovadoras 2011, promovido pela Fapesb, órgão de fomento à pesquisa do estado da Bahia. A ideia que levamos foi o Vitrine Inversa, serviço que estamos desenvolvendo e do qual falamos pela primeira vez neste post. Tínhamos boas expectativas, pois chegamos até a final tendo feito duas coisas muito importantes:

  • Concluído e apresentado nosso protótipo funcional, provando que tínhamos uma equipe capaz de tocar tecnicamente o projeto;
  • Treinado bastante e apresentado um bom pitch para os jurados, mostrando o que o Vitrine possui de inovador, o problema real que ele resolve e que há mercado para o serviço.

Então, no dia 01 de fevereiro, enfim aconteceu a cerimônia de premiação. E para nossa felicidade, ficamos com o terceiro lugar! Se liga na nossa cara de feliz:

(Dizem as más línguas que a alegria não era pela prêmio, nem pelo feedback positivo que ele representa, mas pelo checão estilo Faustão. *_*)

 Para nós, o resultado representou algumas vitórias:

  • Coroou o ano de 2011 em que participamos de pelo menos 5 concursos;
  • Ganhamos com uma inovação que no momento é apenas de mercado em um evento que costuma premiar inovações tecnológicas;
  • Ganhamos com um software em um evento que costuma premiar áreas com produtos mais palpáveis, como as engenharias;
  • Ganhamos concorrendo também com equipes de pós-graduação, com orientadores, enquanto somos graduandos e estávamos “por nossa conta”.

Além de tudo, a grana vai suprir algumas necessidades urgentes, como a compra de um computador e o pagamento dos custos de abertura da empresa, o que deve acontecer em breve. Tudo isso é insumo pra motivação, que permite que mais coisas sejam feitas e novos resultados cheguem, dando início a um ciclo positivo.

“Então concursos são bacanas pois podem elevar o moral da equipe, é isso?” Também. Mas na verdade o grande aprendizado é outro. O que foi mais difícil de enxergar é que concursos também podem ser desperdício, sendo importante selecionar muito bem de quais devemos participar. É preciso procurar casamentos promissores entre o estágio de maturidade da equipe e do projeto, por um lado, e das exigências médias do concurso, por outro. Olhar as edições passadas, analisar os vencedores, entender o que a outra parte está buscando e avaliar as chances. Os benefícios, dadas as chances de obtê-los, valem os recursos que estão sendo deslocados de outras atividades? Aprender a dizer “não” é um exercício difícil, e conseguir pode ser um sinal de maturidade.

Olhando para trás, vejo que em 2011 participamos de diversos concursos em que não havia praticamente nenhuma chance de ganharmos. E nesses casos deveríamos ter investido o nosso precioso tempo em formas mais eficientes de evoluir nosso projeto, como ter feito customer development de verdade, e construído um protótipo baseado em hipóteses validadas com clientes, e não apenas em nossas ideias.

Escolha bem onde gastar suas energias e evite desperdício.

Ok, sendo menos rígido conosco, na época sabíamos muito pouco sobre o que fazer enquanto startup, então alguns desses concursos serviram para guiar as nossas atividades. Mas se eu estou escrevendo isso, é justamente para evitar que outras pessoas cometam os mesmos erros que o #crossjoin. Então, procure se informar sobre como uma startup costuma desenvolver seus negócios e tome cuidado para não entrar numa enxurrada de concursos seguidos e deixar a correnteza te tirar do curso. Aliás, de modo quase poético, isso contradiz parte das coisas ditas nesse outro post que fiz (inclusive o título). Estudo de caso “ao vivo” é assim mesmo.

Para quem está com um projeto em suas etapas iniciais e está na Bahia, recomendamos o Ideias Inovadoras. Veja aqui a lista dos premiados desse ano.

E aproveitem que demos uma guaribada no blog e adicionamos diversas opções de compartilhamento aí embaixo e mandem o Startupolitanos para a rede através de seu serviço favorito.

Não deixem também de acessar o http://vitrineinversa.com e conhecer o serviço que ganhou esse prêmio, que agora já está oficialmente no ar! Até mais.